quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Festas de Santo Ovideo - Castêlo da Maia

No próximo dia 30 de Agosto de 2009 pelas 16h00, os candidatos Álvaro Braga Júnior, David Tavares e José Manuel Soares irão fazer uma visita e participar nas cerimónias religiosas das festas em honra de Santo Ovideo no Castêlo da Maia, freguesia de Santa Maria de Avioso.
Agradecemos desde já a presença de todos os que quiserem acompanhar os candidatos nesta visita.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Entrega das listas

Deu entrada na passada Segunda Feira, dia 17 de Agosto de 2009, pelas 15h00, no Tribunal da Comarca da Maia, a candidatura do CDS-PP à Câmara Municipal da Maia, Assembleia Municipal e a nove Assembleias de Freguesia do concelho.

Os documentos foram entregues pela Mandatária da Candidatura, Dra. Daniela Maia, na presença do Candidato à Câmara, Álvaro Braga Júnior, do Candidato à Assembleia Municipal e Presidente da Comissão Política Concelhia, David Tavares, do Director de Campanha, José Filipe Soares, entre outros candidatos presentes.

A lista à Assembleia Municipal da Maia é encabeçada por David Tavares, Presidente da Comissão Política Concelhia, e seguido por Dr. António Ferreira de Cima, advogado, Vermoim; Dra. Conceição Amorim, educadora de infância, Gemunde; Eric Rodrigues, arquitecto, Gueifães; Dra. Lídia Madeira, advogada, Águas Santas.

Na candidatura à Câmara Municipal, a seguir ao cabeça de lista Álvaro Braga Júnior, sucedem-se nomes como: Dr. Rui Dias, médico, Águas Santas; Dra. Mafalda Rôla, advogada, Moreira da Maia; José Filipe Soares, Director Comercial, Avioso (Santa Maria); Dr. Serafim Moutinho, advogado, Gondim; Dra. Flávia Brandão, economista, São Pedro de Fins; Eng. Carlos Pereira, engenheiro civil, Gueifães; António Rodrigues, empresário, Gueifães; Dra. Rosa Guimarães, professora, Avioso (São Pedro).

Foram ainda apresentadas as candidaturas às Assembleias de Freguesia de:

Águas Santas – Artur Freire
Avioso (Santa Maria) – José Manuel Soares
Avioso (São Pedro) – José Bernardino Pinho
Gemunde – Carlos Ribeiro
Gondim – Hélder Aleixo
Gueifães – António Sandiares
Milheirós – Tito Rafael
Pedrouços – José António Martins
Vermoim – João Leitão

sábado, 15 de agosto de 2009

Visita ao Centro Social de Teibas

Candidatura CDS/PP à Junta de Freguesia de Pedrouços

José Martins, Candidato do CDS/PP à Junta de Freguesia de Pedrouços, deslocou-se ontem, dia 15 de Agosto de 2009, na companhia de José Soares, director de Campanha Concelhia do CDS/PP, Manuel Oliveira, Presidente da JP Maia, entre outros membros da lista de Pedrouços e da JP Maia, ao Centro Social de Teibas, para uma visita onde se pode tomar conhecimento das actuais e dificeis condições que a Associação Desportiva e Cultural De Teibas enfrenta todos os dias em busca de oferecer aos moradores daquele lugar da freguesia de Pedrouços um local onde possam estar em confraternização ou a ocupar os tempos livres com actividades culturais e desportivas.


No final da visita a comitiva deslocou-se às imediações da Junta de Freguesia de Pedrouços onde estiveram numa cerimónia informal de inauguração do primeiro outdoor da Candidatura do CDS/PP a esta junta.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Visita ao Aeródromo Municipal de Vilar de Luz

Está agendada para o próximo dia 20 de Agosto, Quinta Feira, pelas 15 horas uma visita às instalações do Aeródromo Municipal de Vilar de Luz por parte da comitiva do CDS/PP.
Nesta visita estará presente, entre outros, o Candidato à Câmara Municipal da Maia, Alvaro Braga Junior.
Contamos com a sua presença.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

«A Maia de Vieira de Carvalho está a fugir»

MaiaHoje - Como surge o convite para encabeçar esta candidatura?
Álvaro Braga Junior - O convite surge de um amigo que é presidente da distrital do CDS, o dr. Álvaro Castello-Branco, e é sempre difícil dizer não aos amigos. Supusemos várias situações e ele colocou a questão à Comissão Política Concelhia que aprovou o nome, penso que por unanimidade. Tenho sempre dificuldade em dizer que não ao meu partido de sempre. Tenho uma grande empatia com a Maia porque fui aqui feliz e assisti a algumas coisas importantes para o Concelho e decidi, pesando alguns prós e partindo do princípio que não existem grandes contras, avançar e aceitar o convite que me foi colocado. Isto sabendo que havia uma abrangência grande dentro do partido.
MH - Com que expectativas parte para esta eleição?
ABJ - Defini claramente as expectativas com a Comissão Política Concelhia e Comissão Política Distrital. Não sou político profissional e, portanto, não estarei agarrado a alguns afirmações que se têm que fazer. Já disse que é praticamente impossível o CDS vencer as eleições este ano na Câmara Municipal da Maia. O que é estimável da nossa parte e partindo dos resultados das eleições europeias, apesar de saber que não existe grande comparação, é pensar no mínimo eleger um vereador. Essa é a primeira meta traçada e vamos tentar convencer a Maia e os seus eleitores que ter um vereador do CDS pode ser importante para esta Câmara. Disse… e criou alguns aborrecimentos vá-se lá saber porquê, que não tivemos um vereador porque aquele que foi eleito com o emblema do CDS saiu do partido quase imediatamente depois das eleições. Se calhar por isso, foi talvez o pior mandato dos últimos anos na Maia, onde havia uma coligação e deixou de haver. O CDS tem de estar presente no terreno e eu tenho muito gosto em corporizar essa candidatura.
MH – Pelas suas palavras, este é um primeiro passo para atacar a vitória em 2013?
ABJ - Não depende só de mim, mas tenho um entendimento muito claro. Ninguém ganha eleições em três ou quatro meses. Primeiro, porque o poder nas câmaras é muito forte para quem tem esse poder e segundo, porque hoje os eleitores têm necessidade absoluta de perceber se quando elegem um vereador, ele pode ir mais além ou não. Ficarei como vereador da Câmara Municipal da Maia se for eleito e espero criar o caminho para que daqui a quatro anos possamos ter uma candidatura mais forte e termos mais partido no Concelho.
MH - Esta é uma candidatura que surge de um divórcio que não terá sido muito pacífico. Até se falou em luta de lugares…
ABJ - Conheço pouco do processo porque tenho pouco a ver com ele. Isso tem a ver com as comissões políticas distritais e concelhias de ambos os partidos. Sei que pela parte do presidente da distrital do CDS houve toda a abertura para a coligação sem qualquer exigência de lugares. Diria que os divórcios são sempre desagradáveis em tudo na vida e foi uma pena os dois partidos não se entenderem, mas não é nenhum mal que vem ao mundo.
MH - Mas isso significa que já não havia um programa ou visão comuns?
ABJ - A história dos programas comuns parece-me mais tema de campanha eleitoral. As pessoas entendem que o candidato do PSD, que espero que não se confunda com presidente de câmara, terá de dizer o que pensa fazer da Maia nos próximos quatro anos, sem ser elencar obras que depois nem saem do projecto ou até que nem projecto chegam a ter. O fundamental é que todos deixemos perceber aos eleitores, para que possam escolher em consciência, quais são as nossas prioridades.
MH - Na altura em que anunciou a sua candidatura, uma das questões que surgiu foi a sua relação com o actual presidente da autarquia e candidato do PSD, Bragança Fernandes, que no discurso de apresentação dirigiu algumas palavras aos adversários, de forma semi velada. Quer comentar?
ABJ - Confesso que não percebi muito bem. Dou o benefício da dúvida, porque penso que isso não virá directamente do Eng. Bragança Fernandes, mas de algumas pessoas que estão à sua volta. Acho que muitos anos depois do 25 de Abril tínhamos a obrigação de separar as águas e ninguém tem o direito, porque as pessoas são amigas ou tiveram um percurso comum, de limitar as liberdades e aquilo a que posso concorrer. Sou um cidadão como outro qualquer, tenho as minhas obrigações e os meus direitos.O que disse na minha apresentação e repito, o próprio PSD já fez um comunicado invulgarmente nervoso e como tal perfeitamente dispensável, há coisas mais importantes para conversarmos. Continuo a ter um óptimo relacionamento com o Eng. Bragança Fernandes e foi para mim um prazer ter trabalhado com ele. Não sou seu inimigo e julgo que ele também não é meu. Agora, tenho uma visão política diferente da dele e os nossos partidos deixaram de estar coligados. As pessoas tentar tirar outras elações e parece-me que estão a dizer disparates que não têm razão de ser. Eu vou fazer uma campanha limpa sem discutir pessoas nem a vida das pessoas e interessa-me é falar da Maia. Se houver outras pessoas interessadas terei interlocutor. Se não tiver, olhe, falo sozinho…
MH - Já teve resposta ao repto que lançou na sua apresentação para um debate alargado sobre a Maia?
ABJ - Ainda não. Penso que deve ficar para os presidentes de Junta se a estrada deve ser asfaltada ou não. Nós devemos discutir o que queremos para a Maia e para o futuro. É uma discussão que podemos fazer de forma civilizada e com tranquilidade e que penso ser a discussão que interessa aos maiatos.A Maia tem algumas coisas que são emblemáticas. Tem boa habitação e uma fortíssima zona industrial. Tem dois emblemas mais mediatizados que são o Zoo e o Aeródromo. Se em relação ao Zoo houve recentemente um acordo entre a Câmara e a Junta, o Aeródromo está esquecido e é uma mais-valia que se está a perder em termos de alguns serviços que se podem aqui instalar, e recordo o INEM que era para ser aqui colocado e deixou de ser. Interessa-me discutir que futuro é que queremos, porque quando se discute um Concelho que tem estes emblemas como a Maia, temos de falar de como se pode evitar o efeito dormitório. Se queremos ter um concelho sereno e tranquilo mas com o efeito dormitório ou se queremos um Concelho que chame as pessoas porque temos qualidade na habitação e qualidade de vida e se queremos que se enraízem na Maia. Esta é a grande questão que deve ser debatida e estou disponível para falar com todos os candidatos. Esta é a discussão que sinto, por vezes, é incómoda. Preocupa-me menos fazer críticas ao presidente da Câmara. Preocupa-me falar com ele para que os maiatos possam perceber com o que podem contar no futuro. O grande debate tem a ver com tudo isto.
MH - O que o leva a dizer que o último mandato foi o pior de sempre para a Maia?
ABJ - Não se vê nenhuma das grandes obras que foram anunciadas. Perderam-se valências para a Maia que eram importantes como o Hospital. E há aqui um dado que é importante. Há coisas que não dependem só da Câmara que nem têm capacidade financeira para acorrer a coisas que são do Governo central. Mas é importante que um presidente de Câmara e um executivo, porque acho que um presidente não deve ser responsabilizado individualmente, exerçam alguma pressão, no bom sentido. Nunca mais se ouviu falar na 2ª linha de metro para a Maia. Obviamente que a Maia não tem disponibilidade para construir, mas tem de pressionar a construir. Vimos o Campus da Saúde partir para outro concelho da Área Metropolitana do Porto, curiosamente do mesmo partido. O Hospital que era legítimo, porque quando se dá qualidade não basta ter boas casas e bons acessos, caiu e há que arranjar uma saída. A Maia esteve nestes quatro anos um pouco parada. Claro que agora vão-se fazer inaugurações aos fins-de-semana. Vi, por exemplo, anunciada a concretização do 1º passo do Pavilhão de Pedrouços. Mas as grandes obras que trazem mais-valia à Maia e que têm a ver com alguma influência junto do poder central passaram. É isto que, no meu entender, representa que estes quatro anos foram maus.Repare nestes aspectos: requalificação da circunvalação, a Maia ficou de fora; Gabinetes de Inserção Profissional, só estão nas juntas do partido do Governo, creio eu. Isto, quer se queira, quer não, significa um desacelerar e menor força junto do Poder Central.
MH - As suas prioridades em termos de programa eleitoral coincidem com estas questões?
ABJ - Tive uma reunião com vários candidatos às Juntas de Freguesia. Gosto muito da política autárquica porque é de proximidade e os presidentes de Junta e elementos das Assembleias de Freguesia têm uma oportunidade única de exercer essa proximidade, digamos assim. Já falei com eles e pedi para elencarem o que acham que nas suas freguesias é importante. Para além das propostas que o executivo camarário apresentar, a discussão na Câmara deve ser à volta das grandes obras que marcam o concelho. Dou um outro exemplo claro de algo que ninguém parece preocupar-se em discutir. Temos no centro, junto à Câmara, uma das farmácias de maior sucesso, se calhar na Área Metropolitana. Terá sido a primeira ou das primeiras a praticar horários distintos, ou seja, a partir de certa altura decidiu fechar apenas às 22h00. Isto deu uma outra disponibilidade a quem vive na Maia. Este gesto, que terá sido individual, deveria ser no meu entendimento discutido com o comércio tradicional. Sabemos que hoje o comércio tradicional vive muitas dificuldades e a Câmara deve aproveitar todos os programas de apoio que existem. Por exemplo, sei disto porque estive à frente do Urbecom no Porto, este é um programa magnífico para ajudar o comércio tradicional. Deveríamos falar com o comércio tradicional porque temos casas magníficas na Maia, se não se justificaria ter um horário distinto. É evidente que a opinião dos comerciantes será definitiva nesta matéria, mas no mínimo, a Câmara deveria propiciar este debate porque era uma maneira de trazer gente a estas zonas. Com animação de rua as pessoas para além de virem ver as montras também param em cafés e restaurantes. Há aqui um circuito que depois para na Segurança. Mais gente na rua, mais segurança no Concelho. Portanto, coisas tão fáceis como estas que não custam dinheiro deveriam ser de imediato impressas.
MH - Uma obra de eleição?
ABJ - Acho que há duas coisas fundamentais porque já estão feitas e são emblemáticas para a Maia. Uma é o Zoo porque quando se fala na Maia fala-se no Zoo. Tem vários problemas e não é algo relacionado com a Câmara ou este ou aquele candidato, é um problema de legislação. Li outro dia que a Câmara decidiu fazer um acordo com o Zoo, o que me parece importante porque devemos defender o Zoo a todo o custo.Por outro lado, o Aeródromo tem sido esquecido. Poderia ser uma mais-valia da Maia e não o é. Poderiam ser lá colocados vários serviços, a pista degrada-se a cada ano que passa, há instalações que estão fechadas e isto torna-se num mau investimento, quando acho que poderia ser um magnífico investimento da Maia. Acho inaceitável não haver um hospital na Maia. A ideia nasceu e caiu. Sou um candidato talvez pouco tipificado com a maioria dos candidatos. Não me interessa atirar acusações a ninguém. A grande acusação que faço é que quando as coisas caem, fica um vazio e não se fala mais nisso. Pergunto se a Maia não deverá ter um hospital. Acho que sim, é um aspecto fundamental. Outro é o Tribunal da Maia. A Justiça já tem dificuldades em funcionar e assim instalada ainda pior. Claro que a Câmara não pode fazer tudo, mas tem que ter o poder de influenciar e pressionar o poder central para fazer estas coisas que são importantes.
MH - Se for eleito o que trás de novo?
ABJ - Se reparar, a eleição mais significativa em termos de números de um presidente de Câmara é depois do primeiro mandato. Isto porque chega cheio de vontade de fazer e com força e disponibilidade. Vem com ideias que podem ou não ser aproveitadas, mas o que os maiatos podem ter a certeza absoluta é que se for eleito, ficarei. Em segundo lugar, estou disponível para os ouvir. Se muitas vezes no poder central há autismo porque as pessoas falam em circuito fechado na Assembleia da República ou nos gabinetes do Governo e sai pouco para cá para fora, isso é inconcebível no poder autárquico. É muito importante aprendermos a ouvir porque ninguém é dono da verdade. Os maiatos podem crer que os ouvirei com a assiduidade que seja exigível e, sobretudo, trarei ideias novas e acredito que possa interferir num concelho que gosto muito, em que fui muito feliz e onde vive família minha, o que aumentou a minha ligação à Maia.
MH - Se for eleito, presumo que seja oposição. Como avalia o trabalho da actual oposição?
ABJ - Vamos ver. A oposição não deve ser negativa por ser. A oposição deve votar contra não sistematicamente, mas quando entender que a proposta apresentada é negativa.A partir do momento em que há eleição deixa um pouco de haver partidos. É claro que há programas eleitorais, mas não tenho dúvidas nenhumas que se for pegar num programa eleitoral do PSD ou PS, existem ali ideias que não teria nenhum problema em votar favoravelmente, desde que beneficiem os maiatos. O que entendo é que a oposição não pode ser apenas de 15 em 15 dias. Tem obrigação de sair à rua e fazer campanha durante quatro anos. Não pode fazer campanha durante quatro meses, depois acomodar-se durante três anos e voltar a fazer campanha quando se aproxima a eleição. A oposição tem de estar na rua e tem de falar com as pessoas. Ao contrário do que muita gente pensa, a oposição tem de fazer sugestões e apresentar ideias porque é importante e obriga a que quem tem o poder apresente resposta para isso.
MH - Quando diz “vamos ver” está aberto à ideia de entendimentos pós-eleitorais?
ABJ - Não, digo vamos ver porque os resultados só se conhecem depois de contados os votos. E há um dado novo nesta eleição que é o aumento do número de vereadores que pode baralhar um pouco as contas. Mas digo-o e não tenho dúvidas, o Eng. Bragança Fernandes já está eleito, por isso acho que vale a pena eleger um vereador do CDS. Agora se vai ser eleito com maioria ou não, isso só depois é que se sabe.
MH - Pensa que esse aumento do número de elementos beneficia grandes partidos, pequenos ou é indiferente?
ABJ - Pelas últimas sondagens autárquicas que se conhecem, não na Maia mas em outros locais, e as sondagens devem ser feitas com respeito pelos eleitores…
MH - … uma questão abordada ultimamente pelo partido a nível nacional…
ABJ - Tem porque veja os resultados das europeias. Tínhamos a convicção, e até pela amizade que tenho pelo Nuno Melo, fiz algumas sessões de campanha, que aquelas sondagens eram impossíveis. Acho que deve haver legislação que obrigue ao rigor e não fazer sondagens à medida.Mas acho que pode haver uma divisão por vários partidos. Vi sondagens em outros concelhos que dão uma maioria esmagadora a este ou aquele partido e se houvesse um aumento dos vereadores sairiam beneficiados.
MH - Como têm sido os primeiros tempos de campanha?
ABJ - Tem sido agradável reencontrar gente que já não via há algum tempo. Tenho procurado privilegiar aquilo que são indiscutivelmente zonas que penso ser fulcrais para os maiatos. Por exemplo, vou agora reunir com a PSP que tem problemas que não têm a ver com a Câmara, mas com o Ministério de Administração Interna. Mas existem problemas aqui na Maia, veja-se agora o caso da Polícia Municipal e a agressão aos efectivos, logo cinco. E não foram agredidos em zonas inóspitas. Um dos casos foi no Parque Central e outro na Avenida Visconde Barreiros, que são o centro da Maia. Isto quer dizer que existe um nervosismo por parte das pessoas e falta de respeito pela autoridade. A máquina vai começando a rolar. Julgo que devemos ter alguma contenção nesta campanha porque são duas eleições praticamente juntas. Devemos ter contenção e não inundar o Concelho de propaganda. O que tenciono a partir de determinado momento é privilegiar o contacto com as pessoas. Hoje em dia, acho que já não é importante a caneta e o isqueiro. É importante é conversar com as pessoas. Acho que os portugueses exigem contenção aos políticos e não compreendem como se gasta tanto dinheiro numa campanha, sendo que os que gastam são os que estão sempre a dizer que devemos ter cuidados e limitar as despesas. Vamos procurar ser coerentes. Não quero grande espalhafato, quero é rigor no contacto com as pessoas.
MH - É adepto da solução que foi encontrada de eleições separadas?
ABJ - Sim. Acho que é uma inevitabilidade. Assim, as águas ficam bem separadas. Nos grandes centros as pessoas percebem em que estão a votar. Há zonas em que acho que não seja tão claro. Há um custo acrescido mas penso que seja a melhor opção.
MH - E quanto à lista?
ABJ - Está a ser feita tranquilamente. Ainda não está completamente definida. É uma lista de pessoas da Maia, com ligações à Maia. Penso que será equilibrada, que é o mais importante.
MH - Até pelo cargo que ocupa, David Tavares integra a lista?
ABJ - Não está discutido. É possível que sim, é possível que não. Mas se não estiver fará parte da Assembleia, como é óbvio.
MH - Para terminar, esta ainda é a Maia de Vieira de Carvalho?
ABJ - Está a fugir. E está a fugir por uma razão muito simples. Dizem aqueles que são defensores da impossibilidade de lhe suceder que os tempos são outros. Eu digo que há gente que consegue pensar à distância e outros que pensam mais curto, o que não é crime. O que sonhou esta Maia e visionou esta Maia não temos tido na Câmara. E o Concelho ressente-se desse facto. O prof. Vieira de Carvalho, e em rigor nunca o deixou de ser, era um democrata cristão, um homem do CDS, e isto para mim constitui mais um desafio, porque é ocupar um lugar que já foi ocupado por alguém que tinha uma qualidade indesmentível. Mesmo quando o “emprestamos” ao PSD, a verdade é que nunca deixamos de ter em vista as inúmeras qualidades de Vieira de Carvalho. E os maiatos, não aqueles que vieram para cá viver nos últimos anos, mas os que assistiram ao começo desta Maia, naturalmente sentem saudades do prof. Vieira de Carvalho. Aliás, de uma forma clara, o próprio executivo camarário sempre que se refere a Vieira de Carvalho fá-lo com grande respeito e consideração. Estamos a falar de um homem que não se repete com facilidade. Por isso disse na minha apresentação, é importante um grande debate com todos os candidatos do que entendem que deverá ser o Concelho: um concelho calmo e sereno, um concelho ancorado na zona industrial, um concelho ancorado na qualidade de habitação e fixação das pessoas ou não. Julgo que, por exemplo, em relação aos jovens, terão aqui uma oferta boa em termos de habitação, mas é preciso dar mais alguma coisa para que se fixem cá.
António Manuel Marques, in Maia Hoje (03-08-2009)