«Os piores quatro anos da Maia foram no último mandato e foram aqueles em que não houve um vereador do CDS porque o vereador eleito desfiliou-se do partido logo a seguir às eleições».
É assim que Álvaro Braga Júnior avalia o último mandato autárquico e consubstancia a necessidade” de eleger um vereador do CDS-PP.
«Temos a convicção que não vamos disputar a vitória, mas creio que a Maia justifica pelo menos um vereador do CDS. Várias coisas foram perdidas ou não concretizadas como o Hospital, o Campus da Saúde ou os GIP, para citar alguns. Se o CDS estivesse na Câmara acredito que tal não acontecia», refere ao MaiaHoje.
O candidato do CDS-PP às próximas autárquicas conta que o convite surgiu naturalmente, «o meu partido entendeu que era uma boa candidatura. Houve várias conversas onde foram equacionados diversos assuntos e chegamos a um entendimento».Álvaro Braga Júnior relembra ainda referências passadas, «se olharmos ao passado, o CDS está ligado ao crescimento da Maia. Temos Vieira de Carvalho, que se candidatou pelo CDS no pós-25 de Abril, como referência estimulante».
Quanto ao facto de ter sido assessor do actual presidente, Braga Júnior esclarece que a relação pessoal entre ambos não se deve confundir com o combate político, «tenho a melhor relação pessoal com o Eng.º Bragança Fernandes. Outra coisa é o combate político. Não vamos confundir “alhos com bugalhos”. Até fui eu que lhe comuniquei que era candidato, porque a minha relação com ele assim o obrigava».
Esta é uma candidatura com boas possibilidades, acredita igualmente David Tavares, presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP, «a partir do momento em que os dois partidos perceberam que não seria possível uma coligação, o CDS-PP procurou um candidato que servisse o Concelho. Surgiu esta possibilidade e o nome do Dr. Álvaro Braga Júnior foi proposto a Comissão Política e aprovado por unanimidade».
Quanto ao quebrar de uma coligação que já se tornava tradicional, David Tavares apenas refere que não foi possível o entendimento entre os dois partidos. Sobre um cenário de coligação pós-eleitoral, «’é um cenário que não se põe nesta altura. Poderá ser uma questão a colocar “a posteriori” entre o candidato e a Comissão Política, mas neste momento não há nenhum acordo nem haverá até às eleições», assegura o responsável.
(In Maia Hoje, 09/06/2009)